quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A IMPORTÂNCIA DA IMAGEM

Impossível negar a importância da imagem. Não é novidade que a publicidade utiliza-se do poder de sedução da imagem para atrair seu público alvo. É tão evidente que a imagem impera no nosso mundo que, já anestesiados, deixamos diariamente que elas nos convençam sobre o que é interessante comer, beber, vestir, comprar, etc. O ato de comprarmos uma roupa nova quando já possuímos várias, revela, por exemplo, que nos importamos com a imagem. E é previsível que seja assim se vivemos cercados por estímulos visuais que constantemente estão nos fornecendo novos produtos e incitando novas necessidades. Fazemos parte de uma sociedade que inexoravelmente valoriza a imagem. A enorme movimentação de postagens com fotos nas redes sociais reitera a importância que é dada à imagem e demonstra que há empenho dos usuários em transformar a vida num espetáculo para ser assistido. Tristemente acabamos nos distanciando da realidade e vivendo sob o encantamento de um reflexo que demonstra o quanto “o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda vida humana –isto é, social- como simples aparência” (DEBORD, 1997).
Se, inclusive aqueles que têm consciência de tudo isso, deixam as mensagens visuais e a busca por esse espetáculo condicionar o seu viver, imagina o grau de condicionamento do pensamento das crianças e dos jovens que crescem sob esses estímulos, caso não seja desenvolvido com eles um trabalho na busca da conscientização a respeito dessas questões?! Estas constatações ressaltam, a meu ver, a relevância do trabalho nas escolas focado na busca pelo desenvolvimento da consciência e da criticidade. E é por isso que o estudo da arte e a prática da leitura visual pode ser considerado um remédio que deve ser usado para combater o anestesiamento dos sentidos e a alienação visual.

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