segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Felicidade...

          Eu apenas não sou mais feliz porque não consigo deixar de ver (e nem fazer de conta que não vê) as infelicidades do mundo. A natureza sendo destruída para dar lucros a poucos sem que pensem nas futuras gerações que ainda hão de precisar desse planeta. As desigualdades sociais, o descaso político. O roubo e a corrupção de pessoas que visam apenas o seu próprio interesse e que passam por cima da ética e da integridade moral para terem cada vez mais. Ter cada vez mais e SER cada vez menos não tem o menor sentido. O sentido está em SER e o ter é apenas o seu eco. O que importa é o que se FAZ com o que se tem e não o que se tem com o que faz. O prazer de se ter as coisas acontece de verdade quando o que se tem faz sentido na existência única e exclusiva de cada ser. E é por isso que não há como um dizer para outro o que fazer ou o que ter. Ora bolas! Ter um helicóptero pode significar tudo para uma pessoa e nada para outra! Depende do que se considera realmente importante.
          Eu sou feliz porque não tenho um helicóptero! Tenho uma família linda, saudável e em paz. Tenho o brilho das estrelas, o canto dos sabiás, o vento minuano e o farfalhar das folhas. Tenho o dom de ensinar o que sei e aprender enquanto ensino. Tenho a alegria de plantar todos os anos centenas de sementes de esperança, de solidariedade, de companheirismo, de fé... e espero que dessas sementes brotem as mais belas flores que povoarão um mundo onde a felicidade verdadeira prevalecerá.